ressonância magnética da coluna

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Radiologistas podem alcançar maior precisão na identificação das causas de dores lombares e dores radiculares quando têm acesso a informações fornecidas diretamente pelos pacientes antes da realização da ressonância magnética da coluna. É o que mostra um estudo conduzido no Massachusetts General Hospital, publicado na revista Radiology.

Dados relatados pelos pacientes aprimoram a análise

A pesquisa avaliou o impacto do uso de um questionário pré-exame em ressonância magnética da coluna, preenchido pelos próprios pacientes. O formulário digital incluía perguntas simples sobre localização da dor, tempo de duração dos sintomas e características clínicas. O envio era feito com dois dias de antecedência ao exame e a resposta levava de dois a três minutos.

Os dados ficavam automaticamente disponíveis para os radiologistas ao acessarem o exame no PACS. A comparação entre dois grupos — um com e outro sem acesso ao questionário — mostrou diferenças significativas na precisão diagnóstica.

Concordância com especialistas em coluna foi significativamente maior

Seis radiologistas musculoesqueléticos participaram do estudo, que avaliou 240 pacientes entre maio de 2022 e fevereiro de 2023. Segundo o Dr. William Palmer, diretor de Radiologia Musculoesquelética do hospital, os laudos gerados com base nas informações relatadas diretamente pelos pacientes coincidiram, em sua maioria, com os diagnósticos feitos por especialistas em coluna.

“A ressonância magnética mostra diversas anormalidades, inclusive em pessoas sem sintomas. Com o questionário, conseguimos distinguir melhor o que de fato está relacionado à dor relatada pelo paciente”, afirmou Dr. Palmer.

Já nos casos em que os radiologistas não tiveram acesso ao questionário, as discrepâncias com os especialistas foram mais comuns, mesmo com a presença de pedidos médicos e anotações clínicas no prontuário.

Integração de dados e participação ativa do paciente

O estudo reforça a importância de envolver o paciente de forma estruturada no processo de diagnóstico por imagem. Segundo os autores, os dados de sintomas coletados diretamente dos pacientes foram mais completos e relevantes do que aqueles obtidos por meio intermediado por profissionais de saúde.

“As informações obtidas diretamente dos pacientes mostraram qualidade superior, com impacto direto na interpretação dos exames”, concluiu Dr. Palmer.