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A colaboração interdisciplinar na saúde foi o principal destaque da fala de Atul Gupta, executivo da Philips, ao discutir os desafios enfrentados pelos sistemas de saúde em escala global. De acordo com ele, a tecnologia, embora essencial, não é suficiente para garantir melhorias sustentáveis no setor, especialmente diante do cenário atual em que metade da população mundial ainda não tem acesso a cuidados básicos.

Soluções exigem múltiplas expertises e visão de futuro

Para Atul, enfrentar os desafios estruturais da saúde global requer um esforço conjunto entre diferentes áreas do conhecimento. Engenheiros, desenvolvedores, profissionais de saúde, gestores e formuladores de políticas públicas devem atuar de forma integrada para criar soluções que sejam tecnicamente viáveis, escaláveis e socialmente inclusivas.

O executivo também ressaltou a importância de incluir as novas gerações nesse processo, como os médicos da Geração Z e da Geração Alpha. A Geração Z, composta por indivíduos nascidos entre 1997 e 2012, cresceu em um ambiente altamente digitalizado e demonstra maior familiaridade com tecnologias como inteligência artificial, big data e soluções mobile.

Já a Geração Alpha, formada por crianças nascidas a partir de 2013, está sendo educada em um contexto ainda mais conectado e tecnológico, o que deve moldar significativamente sua relação com os sistemas de saúde no futuro.

Segundo Atul, esses profissionais tendem a trazer uma perspectiva mais atualizada e fluida sobre o uso de tecnologias emergentes, o que pode acelerar transformações significativas no setor, desde a formação médica até a aplicação prática no cuidado ao paciente.

“A tecnologia sozinha não é suficiente. Metade da população global ainda não tem acesso aos cuidados básicos de saúde. É um lembrete de que precisamos garantir que esses avanços sejam escaláveis e equitativos, alcançando aqueles que mais precisam”, afirmou Atul Gupta.

Inovação, acesso e impacto

O avanço tecnológico tem desempenhado um papel relevante na resposta aos desafios da saúde global, especialmente em contextos de alta demanda por eficiência, ampliação do acesso e sustentabilidade dos sistemas. Nesse cenário, empresas do setor têm direcionado esforços para desenvolver ferramentas que apoiem o trabalho de profissionais da saúde e melhorem a organização dos serviços.

A Philips, por exemplo, tem investido em soluções voltadas à digitalização dos fluxos de trabalho clínico, com o objetivo de contribuir para processos mais integrados e resultados assistenciais aprimorados. As iniciativas consideram a diversidade de realidades entre países e regiões, com foco em tecnologias que possam ser adaptadas a diferentes contextos.

A estratégia também reforça a relevância da colaboração interdisciplinar na saúde, apontada por especialistas como essencial para a criação de sistemas mais eficientes e equitativos. Ao reunir diferentes áreas do conhecimento, é possível desenvolver respostas mais adequadas aos desafios estruturais que ainda limitam o acesso a cuidados básicos em diversas partes do mundo.